Exposição Virtual:Memórias e afetos de Orisha

Explore as memórias visuais e espirituais do Ilê de Iemanjá Sabá

Sobre o Ilê

Convidamos você a embarcar em uma jornada imersiva, onde fotografia e espiritualidade se encontram para narrar histórias de fé, ancestralidade e afeto. Memórias e Afetos de Orisha é uma exposição virtual que nos transporta ao extinto Ilê de Iemanjá Sabá, um espaço sagrado de culto, resistência e comunhão.

Por meio de lentes sensíveis e poéticas, as imagens capturam momentos íntimos e coletivos de uma tradição que atravessa gerações, ressignificando espaço e tempo. As fotografias que compõem esta mostra são um convite para refletir sobre as energias que nos conectam ao divino e à memória ancestral. Cada clique revela não apenas cenas do cotidiano espiritual, mas também elos profundos entre memórias visuais e as emoções que nos tornam humanos.

Ao explorar a exposição, você será guiado pelas águas e pela força de Iemanjá. Sentirá a suavidade de sua presença, a potência de suas águas e o abraço acolhedor de um sagrado que se renova a cada geração. Em cada imagem, mistura-se a beleza dos rituais, a força das oferendas e a ternura dos afetos que circulam no Ilê, tornando-o um espaço de reverência e respeito pela cultura afro-brasileira.

Venha sentir o calor da fé, o colorido da tradição e a profundidade dos afetos que permeiam o Ilê de Iemanjá Sabá. Memórias e Afetos de Orisha é mais que uma exposição; é uma oportunidade de conexão com energias que nos atravessam, nos afetam e nos fazem parte de uma história coletiva tecida pelas mãos de nossos ancestrais.

Explore, viva e sinta.

Explore as memórias visuais e espirituais.

Mãe Betinha

Elizabeth de França Ferreira

Mãe Betinha: A Guardiã do Axé e da Resistência

Elizabeth de França Ferreira, carinhosamente conhecida como Mãe Betinha, nasceu no dia 29 de novembro de 1909, e se tornou uma respeitada yalorixa no Candomblé, no Recife. Sua trajetória é um marco de resistência, sabedoria e força, tanto dentro quanto fora dos terreiros, onde se destacou como líder espiritual, defensora dos direitos da mulher e guardiã da ancestralidade afro-brasileira.

Para o Candomblé, Mãe Betinha representou a resistência da religião diante da intolerância e repressão, especialmente no período do Estado Novo. Foi durante essas décadas desafiadoras que ela se dedicou à preservação e fortalecimento de um culto de origem iorubana, o Xangô Recifense, ou Nagô, garantindo que suas raízes ancestrais se mantivessem vivas e firmes diante dos ataques à cultura afro-brasileira. Ao longo de 65 anos de sacerdócio, sua dedicação foi inabalável, e sua liderança se tornou um símbolo de resistência à marginalização da religião.

À frente do Ilê Axé Yemanjá Sabá Abassamí, Mãe Betinha foi mais do que uma líder espiritual: ela foi uma visionária. Defendeu, com sabedoria e coragem, a posição da mulher na sociedade, não apenas dentro do universo religioso, mas também no cotidiano, enfrentando as desigualdades de sua época. Sua postura firme e respeitosa fez dela uma referência, não só como mãe de santo, mas como ativista pela dignidade humana e pela promoção da igualdade de gênero. Mãe Betinha também foi uma mulher que olhou além dos limites do seu terreiro. Ao trazer para o bairro de Casa Amarela, na Região Metropolitana do Recife, a força e o saber do Candomblé, ela transformou sua comunidade em um ponto de referência nacional e internacional. Seu terreiro tornou-se uma fonte de saber popular, abrindo portas para o reconhecimento da cultura afro-brasileira e para o respeito à sua tradição religiosa. No coração de um dos bairros mais populosos e carentes da cidade, Mãe Betinha fez com que a sabedoria ancestral fosse transmitida, respeitada e celebrada.

O legado de Mãe Betinha não se limita às suas realizações no campo espiritual, mas se estende à sua contribuição para a valorização da identidade afro-brasileira, à sua luta pela visibilidade e pela dignidade das mulheres, e à preservação de uma tradição religiosa que segue viva e vibrante. Sua figura, ainda hoje, inspira e emociona, sendo lembrada como um farol de resistência, liderança e amor ao próximo.

Mãe Betinha, a inesquecível, permanece eterna na memória de seu povo, nas orações de seus filhos e filhas, e nas águas profundas de Iemanjá que ela, com tanta devoção, sempre soube honrar.

Elizabeth de França Ferreira, carinhosamente conhecida como Mãe Betinha, nasceu no dia 29 de novembro de 1909, e se tornou uma respeitada yalorixa no Candomblé, no Recife. Sua trajetória é um marco de resistência, sabedoria e força, tanto dentro quanto fora dos terreiros, onde se destacou como líder espiritual, defensora dos direitos da mulher e guardiã da ancestralidade afro-brasileira.

Para o Candomblé, Mãe Betinha representou a resistência da religião diante da intolerância e repressão, especialmente no período do Estado Novo. Foi durante essas décadas desafiadoras que ela se dedicou à preservação e fortalecimento de um culto de origem iorubana, o Xangô Recifense, ou Nagô, garantindo que suas raízes ancestrais se mantivessem vivas e firmes diante dos ataques à cultura afro-brasileira. Ao longo de 65 anos de sacerdócio, sua dedicação foi inabalável, e sua liderança se tornou um símbolo de resistência à marginalização da religião.

À frente do Ilê Axé Yemanjá Sabá Abassamí, Mãe Betinha foi mais do que uma líderespiritual: ela foi uma visionária. Defendeu, com sabedoria e coragem, a posição da mulher nasociedade, não apenas dentro do universo religioso, mas também no cotidiano, enfrentando as desigualdades de sua época. Sua postura firme e respeitosa fez dela uma referência, não só como mãe de santo, mas como ativista pela dignidade humana e pela promoção da igualdade de gênero.

Mãe Betinha também foi uma mulher que olhou além dos limites do seu terreiro. Ao trazer para o bairro de Casa Amarela, na Região Metropolitana do Recife, a força e o saber do Candomblé, ela transformou sua comunidade em um ponto de referência nacional e internacional. Seu terreiro tornou-se uma fonte de saber popular, abrindo portas para o reconhecimento da cultura afro-brasileira e para o respeito à sua tradição religiosa. No coração de um dos bairros mais populosos e carentes da cidade, Mãe Betinha fez com que a sabedoria ancestral fosse transmitida, respeitada e celebrada.

O legado de Mãe Betinha não se limita às suas realizações no campo espiritual, mas se estende à sua contribuição para a valorização da identidade afro-brasileira, à sua luta pela visibilidade e pela dignidade das mulheres, e à preservação de uma tradição religiosa que segue viva e vibrante. Sua figura, ainda hoje, inspira e emociona, sendo lembrada como um farol de resistência, liderança e amor ao próximo.

Mãe Betinha, a inesquecível, permanece eterna na memória de seu povo, nas orações de seus filhos e filhas, e nas águas profundas de Iemanjá que ela, com tanta devoção, sempre soube honrar

Equipe e Créditos:

Produção Executiva: Mirty Kátlhy

Curadoria: Edelson Moraes

Designer Gráfico: Erick Ramon

Comunicação e Imprensa: Marcos Carvalho

Foto: Babalorixa José Amaro 

Desenvolvedor: Wesley Sá Barreto

Audiodescrição: Herryson Djenes